quarta-feira, 28 de julho de 2010

Imersões Junguianas - 1




Pois, bem cá estamos.... Estou lendo "Memorias Sonhos e reflexões " do Jung, uma leitura ao memso tempo cansativa e deliciosa. Desde já, saliento, que apesar de estar ciente de que nada sei sobre a teoria por completo, e boa parte das coisas que aqui estarão escritas serão resultado da minha experienciação do livro e da teoria... já que sou uma mera iniciante do 3 ano de psicologia apaixonada por conhecimento e desejante de uma expressão de alma que me faça sentido!!!


O livro é uma espécie de autobiografia, na qual o autor cita momentos de sua vida que segundo ele fundem-se ao processo e a realizaçao de seu trabalho como fundador da teoria analitica, como terapeuta, e principalmente como pessoa. " o que eu sou e o que eu escrevo são uma só coisa. Todas as minhas idéias e todos os meus esforços, eis o que sou". (p.17)


Essa é uma das frases que pessoalmente, só de ler, valeu o livro. Neste, o autor conta a forma como sentiu as experiências de sua infancia, juventude e vida adulta, fala de sua relação e posterior rompimento com Freud, assim como das demais vivencias que o facilitaram rumo a auto compreensão e o engendraram na formação de sua teoria psicológica.


Como este blog não tem ainda o intuito da elaboração de resenhas e resumos... cito enfim o que me tocou até agora, e acredito que aos poucos poderá ser um material a ser estudado e olhado mais minuciosamente:


- O claro e óbvio toque do autor para que o psicólogo seja o primeiro a buscar-se e conhecer-se, imergir dentro de si. O trabalho interior, reconhecendo as próprias etapas no processo de individuação, assim como as dificuldades e benefícios que implicam em sua busca, torna o psicólogo, mais humano,e também mais competente como profissional, já que assim conhecerá a influencia poderosa do mundo dos arquétipos em uma dimensão que vai além da própria experiência intelectual conceitual/racional." Com um intelecto que não é controlado por nenhum sentimento, é possivel fazer tudo, e no entando a neurose não desaparece"(p.31).

A propósito disso, diz o autor:



"o deslocamento para o conceitual tira à experiência sua substância para
atribuí-la a um simples nome que, a partir desse instante é posto em lugar
da realidade. (...) Ora, o espírito não vive atravé dos conceitos, mas
através dos fatos e das realidades. Não é com palavras que se afasta
um cão do fogo. E no entanto, este procesos é repetido
infinitamente. (p.131)



Aliás, muito pode ser dito a despeito disso... Mas o foco neste momento é que eu concordo e muito com o autor. E como Jung era gente que faz, dedicou um bom tempo de sua vida na propria descida rumo ao que ele considerava importante: sue mito pessoal e a experiencia numinosa do mito e dos arquétipos. Para isso, muitos estudos histórios também foram necessários, tais como os mitos, a alquimia, as mandalas. Tudo isso, conduziu o autor ao"encontro"com o self, ao conceito básico de individuação.


Pessoalmente estou muito interessada na forma como o autor comenta suas experiencias, visões, sonhos e compreensões. Confesso também que me identifico muito com sua juventude e introspecção, o que talvez seja um indicio tanto de uma psicose latente (risos), quanto de um caminho que se abre, finalmente amparando conceitualmente uma visão de ser humano que outras teorias explicam e eu gosto, mas não me deram "sentido".




continua....

http://www.youtube.com/watch?v=Ibewi5eyTOM














Um comentário:

Joana Monteiro disse...

perdoem os erros de digitação